domingo, 5 de setembro de 2010

Dane-se

Uma dose de tequila
Bebo-a com orgulho
Pago-a, levanto, sigo até a saída
Vou caminhando pelas ruas solitárias, diante do céu cinzento
Dentro de poucos minutos:
Retrospectivas.
O começo, o inusitado começo
O meio turbulento
O fim que não se concretizou, ainda
Pois, teu rosto me vem a cabeça
Ouço tuas pelavras
Como ouço o canto dos pássaros, em plena primavera
A cada dia é mais incompreensível
Você erra, atingindo mais a mim do que a si próprio
Bem prevísivel, depois de dois anos
Paro, sento no banco
Sinto o vento tocar até minha alma
Isso me alívia
Porém, não me salva
De você e seus eternos impactos
Recordo com pesar
Um dia eu te amei, mais que a mim
Hoje, aqui
Eu jogo nossa história ao vento
Que ele a leve pra onde quiser, pra longe de mim
Liberto-me do mal que me fizeste
O tormento do dia-a-dia se vai
E, tem que o acompanhe
Parto sem rumo, sem você, literalmente

Sem destinário específico

Os dias já não são os mesmos
O vento sopra a meu favor
Isso me surpreende, e me angustía
Já dizia o ditado:
"Depois de tanto sofrimento, o alívio"
Comigo, isso é do contra
A felicidade vem antes
E a dor, a acompanha logo atrás
Perante a isso
Só  me resta aceitar
Deixar o tempo curar
Que ele trate disso, fulgazmente
Com enorme urgência
Porque, ser feliz me consome
A dor me restringe
E, o nada
Ah, esse me satisfaz, e muito!

domingo, 29 de agosto de 2010

Tarde adeus

Sinto necessidade em te comunicar:
O que em mim restava
Hoje, não existe mais
Tudo o que te pertencia
Agora não mais
Nossos planos não eram tão satisfatórios quão aparentavam
O coração farto de promessas
E o que eu te digo agora, é adeus
Tirando o peso que residia e mim
Eu sei, tardou a ocorreu o fim
Agora, me liberte
Deixe me ir, pois
O único lugar que não pretendo estar
É ao lado teu

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Chega e parte.

          É difícil crer que quando tudo está de ponta a cabeça o melhor é iminente. Ainda mais quando o maltrapilho do passado é a favor da razão. Razão que é inaudível a ouvidos alheios, que se dissipa e se mescla, algo relativamente turvo à mim. É incrível a astúcia do mesmo, em se tornar cada vez mais forte, em enfatizar o erro do coração. O erro cético, com uma dose de otimismo em relação a reciprocidade. Nunca fui altruísta, quando possui-o essa abominável razão insiste e persiste em bani-la, por nada. A troco de nada.
         Razão está estridentemente armada. Ataques e contra-ataques. Uma controvérsia de erros e acertos, um possível recomeço, com um fim ignorante e frio.
         Coração é mais plaúsivel, relevante. Perdoa os mais estúpidos erros. Cheio de lástima. Cre cegamente em tudo o que é lhe dito, em cada ato. Adora um descaso, para uma recompensa, uma quase coagido "te amo".
         Diante dos dois: razão e coração, decididamente me encontro perplexo em relação ao que fazer, no breve futuro que espera-me anciosamente. O fim ou, o recomeço.
         Um naco de uma vida no lixo, recompensada com uma grande comemoração à coragem, e o medo de perder sentimentos. Mas convenhamos, "sempre tem a segunda vez, irá ser melhor daqui em diante..."
         Recomeçar da felicidade sofrida, vencer a distância, a tão dolorosa saudade do que nunca te pertenceu totalmente. O inenarrável amor, pelo estranho conhecido. Tão complexo, tão minucioso.
        Completa contingência, entre âmbos.